quinta-feira, 29 de maio de 2014

Porto Novo - Adendo a Briefe aus Brasilien - 2



Mapa de 1933 da colonização de Porto Novo, pelo Volksverein,

destinado exclusivamente, na época, a alemães e descendentes católicos.

As terras ao longo da fronteira com a Argentina foram loteadas mais tarde.

Estão assinalados os núcleos urbanos projetados, e implantados

progressivamente.

1 - Sede Itapiranga

2 - Sede Capela

3 - Soão João

4 - São Pedro

5 - Tunas

Correspondem aos atuais municípios de Itapíranga,

São João do Oeste e Tunápolis

Sendo que Capela pertence a Itapiranga,

e São Pedro (que pouco desenvolveu como núcleo urbano)

a Tunápolis.
















quarta-feira, 28 de maio de 2014

Briefe aus Brasilien - 2

(Importante ter lido a introdução, neste link).

(Para carta 1, clique aqui)

Segue a segunda carta, e um bilhete. 

                                                                                                               Natal, 25.12.1927

Amada irmã e família

Antes de tudo preciso amavelmente pedir desculpa, que deixei esperar tanto tempo por 
resposta. Recebemos vossas estimadas fotos e cartas em 26 de março. Após a chegada 
enviei o que é raro um cartão postal, que provavelmente receberam.

Amada Rosa, tu me proporcionastes enorme alegria com as vossas fotos. Ambos aparentam 
estarem muito bem e vigorosos e desejo a todos vocês de todo coração que permaneçam 
saudáveis e felizes por muito tempo.

Quanto a nós, também permanecemos ainda com saúde. Quando se está acima de 50, então 
se manifesta de vez em quando aqui e acolá a velhice. Aqui é mais difícil do que lá, pois o 
trabalho é duro demais, isto minha querida irmã deves ainda saber. Em teu escrito participas 
a mim, que tiveram que passar por muito (muita coisa). Quero-lhes acreditar isto de coração. 
Sim amada irmã, nós também tivemos durante a guerra nossos pensamentos constantemente 
com vocês, e por vocês rezado e chorado. Queira Deus  proteger, que tal não aconteça mais, 
nem aqui nem lá com vocês.

Aqui conosco houve novamente casamento. Nosso filho Rudolf (Nota 1) casou dia 12 de
novembro com uma filha do Lütcke, portanto da casa comercial, onde antigamente era 
Augusto Veit. A mãe dela é uma irmã da senhora Veit. Talvez lembras ainda da pequena 
Venda (casa comercial) do Veit.  Agora naturalmente está tudo diferente do que naquele 
tempo, nosso filho já explora a ferraria por conta própria há 1½, mora junto em nossa terra 
(colônia). Ele aprendeu com nosso genro Albino Ruschel, casado com nossa filha Frieda
Eles também mudaram para muito longe, para as colônias novas.
Aqui eles tinham uma ferraria que ia muito bem, junto à igreja católica. Ele gostaria mais
trabalhar na lavoura e aqui a terra é muito cara, por isto muitos tem que ir muito longe para 
a mata virgem. (Nota 2)

Nosso segundo filho mais velho Carlos também foi junto na mudança. (Nota3) Agora 
queremos esperar o melhor, que se mantenham saudáveis. Grande ajuda, não tem ainda. 
A mais velha de Frieda está com 5 anos e duas crianças menores.(Nota 4) Apenas recebemos 
uma carta, a gente se preocupa muito quando filhos vão tão longe para a selva. Teus filhos tens
ao redor, podes dividir com eles alegrias e tristezas. E apenas ainda um neto, eu já tenho 10.
Nossa filha Elli também mudou adiante, 4 horas de nós para o Teewald (= Santa Maria do 
Herval), vai muito bem e também a nossa Rosa. (Nota 5)

Amada irmã, tu escreves que muita coisa mudou em querida terra natal, isto acredito depois de 
tantos anos, e mesmo assim eu ainda me orientaria, ainda que eu chegasse em casa durante 
a noite. Também aqui várias coisas mudaram, o mato está quase todo derrubado, as estradas 
estão em boas condições, praticamente todos os dias passam carros. Para chegar ao trem 
temos 3 horas a cavalo, dali de onde morávamos em Ávila, se te recordas ainda, ainda é uma
boa hora ate a estação, dali 5 horas de trem a Porto Alegre. Lá com vocês já deve existir 
tráfego aéreo.  Sim, quem teria alguma vez imaginado isto.

As moças grandes se dignarem a vestir tão curto e cortarem o cabelo, que nem os rapazes, 
mas é moderno. Também perguntas o que foi feito da casa paterna. Não existe mais muito dela. 
O atual proprietário reformou (reconstruiu) tudo. Também não posso contar-lhe muito do irmão 
Erhard.(Nota 6) Não nos encontramos com freqüência. Ele está com o filho, que também tem 
uma ferraria.  A foto eu dei para ele. Do irmão Carlos,(Nota 7) casou a filha. Entreguei a foto
que enviastes junto. Ela agradece e saúda a todos. Eles vão muito bem, apenas a cunhada 
estava agora sempre adoentada. E agora querida irmã e cunhado queremos agradecer de 
coração a grande alegria, que nos proporcionaram com a chegada de vossas estimadas fotos.
Também transmita a teu filho Hugo os melhores cumprimentos e cordial agradecimento. 
Ao mesmo tempo agradecemos pelo livro de Richters Robert, uma amada lembrança da
 terra natal. Agora amada irmã porem me falta ainda foto da irmã Hermina, porque ela nem 
pensa mais em mim. Sabes ainda como acontece, quando se está tão distante. Transmita 
a ela e família nossas cordiais saudações a todos, e ela que também escreva uma vez para nós.
Na tua estimada carta a sobrinha Emmie escreveu algumas linhas pelo que agradeço de 
coração e peço que ela cumpra o prometido, e nos alegre com fotos. As mais cordiais 
saudações a ela e seu estimado marido.

E o que faz o pessoal em minha querida Wiesenthal, eu queria ir à Feira (ironia) que 
aconteceu em maio, mas era longe demais para mim.

O que ainda faz a família de meu falecido irmão, que esteja tudo bem. Já espero há muito 
tempo por uma resposta à minha carta, que remeti em fevereiro. A todos eles transmita 
cordiais saudações e mais uma vez muito obrigado pelas lindas lembranças de minha 
Wiesenthal. Cumprimento também minha amiga de antigamente e Elli Richter e Anna 
Zimmermann e outros mais.

A novidade, que ainda devo compartilhar convosco, é que nosso filho Rudolf deverá ir
ao Exército, por um ano. Ele tem 22 anos. Eu em breve irei enviar uma foto dele. Ainda 
não estão prontas.

Envio anexo a vocês também uma foto estragada de nós. Nesta terra (aqui) é mesmo muito 
dinheiro e mercadorias ruins, quase tenho que envergonhar-me, pois eu pareço como uma 
velha brasileira.

Agora encerro minha carta com as mais cordiais saudações a todos vocês, na esperança de
a carta os encontrar na melhor saúde, ao mesmo tempo Feliz Natal e Próspero Ano Novo


E, por gentileza escrevam carta bem longa em breve.

Ainda que haja entre nós milhares de milhas, corra entre nós o grande oceano, mas o amor 
sabe percorrer o espaço, chega a vocês amados na terra natal. Adeus.

Em nossa redondeza veio morar um médico alemão, ele é de Rumburg, nome Heissler,
três anos do exterior.

- x –

Bilhete junto a alguma das cartas

Amada irmã,  (Nota 8)

Estas fotos são de Porto Novo, lá onde nossa Frieda e Carlos moram. Frieda mora na 
cidade,(Nota 9) agora já está com muitas construções e Carlos mais para fora. Eles vão
bem e o bonito [...]

Amada Hermine, por favor envie o endereço do teu filho Willi, nós sempre recebemos 
jornais de um engenheiro Schneid de Dessau, eles chegam regularmente. Mais uma vez 
saudações, vossa irmã.

(No verso)

Saúdem meus velhos conhecidos, escrevam para mim quais de meus amigos ainda vivem. 
Vive ainda Anna Zimmermann, R. Robert? A Richter Re(s)li, saúdem a todos.
Amada Hermine não tens uma foto de meu sobrinho Karli como soldado, com suas muitas 
condecorações, ainda que antiga, nós somos orgulhosos pelas lindas fotos de soldados filhos 
de ti e da Rosa.

Adeus

-//-


Notas:

Lembrando que a carta foi  escrita por Maria  Pfeifer (nasc. Zimmermann), casada com Siegmund
Pfeifer, (de Linha Araripe, Nova Petrópolis, RS no Brasil) para sua irmã Rosa Stejskal (nasc. Zimmermann, em Wiesenthal Böhmen) morando a partir de 1920 em Gablonz a.d.Neisse,
na Bohemia, hoje Jablonec nad Nisou, na República Tcheca.

(1)   – Rudolf Pfeifer = Rudi, ferreiro conf. (Nota 6 ) carta anterior;

(2)   – Albino Ruschel, casado com Frieda Pfeifer, mudou para a colônia nova,.

Neste caso para Porto Novo, na zona urbana da época de Sede Capela, que
havia alem da Sede que é hoje Itapiranga.

Aqui podemos cruzar fontes e informações:

Este histórico, no qual consta ter mudado para Porto Novo em setembro de 1927,

      Interessante tambem uma carta entre dois amigos de Albino Ruschel, datada em agosto 
de 1927, mencionando que Albino vendeu a ferraria em Linha Imperial, com nome do 
comprador. Acesse aqui.

Para complementar: Em Sede Capela até 1939, mudou com a ferraria a São João, e por fim
para cidade de Itapiranga. Veja neste link carta de outra bisavó minha, onde consta desta 
mudança em 1939. Frida faleceu em 1962 e Albino em 1978, ambos em Itapiranga,SC
Morei com estes avós, em 1960/62, para concluir o ginasial.

(3)   - Portanto Carlos Pfeifer, irmão de Frida, cunhado de Albino Ruschel. Como Albino e
 Frida moravam na zona urbana, e Carlos mais afastado ( Linha Fortaleza)
 podemos concluir que na foto relativa a Porto Novo aparece Carlos.

(4)   – A filha mais velha de Frida e Albino é Norma Ruschel (minha mãe) que casou com 
Arno Heberle. Nasceu em 17 de julho 1923, tendo perto de 5 anos na data da carta
dezembro 1927, e a mudança para Porto Novo foi em setembro 1927.
As duas outras crianças eram Walter e Emmy. Veja o histórico no link acima colocado, 
na (Nota 2);

(5) – “Também a nossa Rosa” significa filha (Rosa Pfeifer), isto é sobrinha da Rosa irmã 
de Maria destinatária da carta. Completa a (Nota 5) relativa à primeira carta
Em Briefe aus Brasilien – 1;

(6) – Erhard Zimmermann;

(7) - Carlos Zimmermann;

(8) – Bilhete dirigido à irmã Hermine;

(9) Fotos de Porto Novo, veja nota (3) acima;


- x -


Pelo conteúdo das cartas e bilhete, Carlos Pfeifer
cunhado de Albino Ruschel
irmão de Frida Pfeifer casada com Albino Ruschel

Com dúvidas na identificação das pessoas.

Em Porto Novo (atual município Itapairanga)

1927.

(Foto em arquivo na Europa, a/c Steffen Geissler)

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Veja mapa da colonização de Porto Novo, neste link.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Atualização, aqui.
---------------------------------------------------------

[ein kleiner Zettel im Brief von 1925 – bedeutet nicht, dass dieser Zettel ursprünglich in diesem 
Brief war]
Liebe Schwestern,
diese Bildchen sind von Porto Novo, dort wo unsere Frieda und Karlos wohnen. Frieda 
wohnt am Stadtplatz, ist schon jetzt sehr bebaut  und Karlos mehr auswärts. Geht ihnen
gut und den schönen […]
Liebe Hermine, bitte schicke mir die Adresse von Deinem Sohne Willi, wir erhalten immer
Zeitschriften von einem Diplomingenieur Schneid aus Dessau, die kommen regelmäßig. 
Nochmals Grüße, Eure Schwester.
[zweite Seite:]
Grüßt meine alten Bekannten, schreibt mir welche von meinen Freunden noch am Leben sind.
Lebt die Zimmermann Anna noch, R. Robert? Die Richter Re(s)li grüßt alle. Liebe Hermine, 
hast Du nicht ein Bild von meinem Neffen Karli als Soldat, mit seinen vielen Auszeichnungen, 
wenn es auch schon alt ist, wir sind sehr stolz auf die schönen Soldatenbi8lder von Dir und 
Rosas Söhnen.
Lebt wohl

-x-

                                                                                                    Weihnachten, 25.12.1927
Liebe Schwester und Familie
Vor allen anderen muß ich freundlich um Entschuldigung bitten, daß ich so lange auf Antwort warten ließ. Euer werten Bilder und Briefe erhielten wir im März 26. Habe Euch nach Ankunft der selten eine Postkarte gesandt, welche Ihr wahrscheinlich erhalten habt.
Liebe Rosa, Du hast mir eine sehr große Freunde gemacht mit Euren werten Bildern. Seht alle Beide noch recht gut und rüstig aus und wünsche es Euch allen recht herzlich, daß ihr noch recht lange gesund und glücklich seid.
Was uns anbelangt so sind wir auch noch soweit gesund. Wenn man über 50 ist, dann meldet sich schon hie[r] und da einmal das Alter. Hier ist es schlimmer wie [/als] drüben, denn die Arbeit ist zu hart, das wirst Du liebe Schwester noch wissen. In Deinem Schreiben teilst Du mir mit, daß Ihr habt viel viel müssen durchmachen. Das will ich Euch herzlich gern glauben. Ja liebe Schwester, wir hatten auch während des Krieges unsere Gedanken stets bei Euch und um Euch gebeten und geweint. Gott möge verhüten, daß so etwas nicht noch einmal passiert, nicht hier noch bei Euch.
Bei uns hat es wiedermal Hochzeit gegeben. Unser Sohn Rudolf hat sich am 12. November mit einer Tochter von Lütcke verheiratet, also aus dem Geschäftshause, wo früher Veit August war. Ihre Mutter ist eine Schwester von Frau Veit. Du wirst Dich vielleicht noch erinnern können an die kleine Vende [sic] von Veit. Jetzt ist natürlich alles anders wie damals, unser Sohn betreibt die Schmiederei
[Seite 2:]
Schon 1 ½ Jahr selbständi, wohnt mit au unsern Lande. Gelernt hat er bei unseren Schwiedersohn Albin Ruschel, welcher unsere Tochter Friede hat. Sie sind auch sehr weit fortgewandert in die neuen Kolinien. Hier hatten Sie eine sehr gut gehende Schmiede, bei der katholischen Kirche. Er  wollte lieber auf dem Lande arbeiten und hier ist edas Land sehr teuer, da müssen halt viel weit fort in den Urwald machen [/ gehen/ ziehen].
Unser zweitältester Sohn Karlos ist auch mitgemacht [/mitgezogen]. Nun wir wollen das Besten hoffe, wenn sie nur gesund bleiben. Große Hilfe haben sie ja noch nicht. Friede ihre Älteste ist 5 Jahre und zwei Kleinere [Kinder]. Wir haben erst ein Schreiben erhalten, da macht man sich viele Gedanken, wenn die Kinder so  weit gehen in die Wildnis. Die Deinigen [Kinder] hast Du schön [dicht] um Dich, kannst Freund und Leid mit ihnen teilen. Und erst ein Enkelsohn, ich habe schon 10. Unsere Tochter Elli ist auch weiter gewandert, 4 Stunden von uns nach dem Theewald [sic], geht ihr ganz gut und auch unser[er] Rosa.
Liebe Schwester, Du schreibst, daß sich sehr vieles geändert hat in meiner lieben Heimat, das glaube ich nach so vielen Jahren, und doch ich würde mich immer noch zurechtfinden und wenn e s in der Nacht wäre, daß ich Heim käme. Auch hier hat sich manches geändert, der Wals ist meist niedergehauen, die Wege sind alle gut im [Zu-]Stande, es gehen fast jeden Tag Autos vorüber. Bis nach der bahn haben wir drei Stunden zu Reiten, von da wo wir auf Avilla [sic] gewohnt haben, wenn Du Dich noch erinnern kannst, ist es noch eine gute Stunde bis an die Station, von da 5 Stunden per Bahn nach Porto Alegre. Bei Euch wird schon Verkehr in der Luft sein. Ja wer hätte das einmal gedacht, daß
[Seite 3:]
Die großen Mädchen sich würden so kurz tragen und die Haaren abschneiden, wie die Buben, es ist halt modern. Auch frägst Du was aus dem väterlichen Hause ist geworden. Da ist nicht mehr viel davon. Der jetzige Eigentümer hat alles umgebaut. Von Bruder Erhard kann ich Dir auch nicht viel mitteilen, wir kommen nicht oft zusammen. Er ist bei seinem Sohne, welcher auch eine Schmiede hat. Das Bild habe ich ihm gegeben. Von Bruder Karl hat sich die Tochter verheiratet. Das Bild welches Du mitgeschickt hast, habe ich abgegeben. Sie läßt sich bedanken und Euch alle grüßen. Es geht ihnen ganz gut, bloß die Schwägerin war jetzt immer kränklich. Und nun liebe Schwester und Schwager wollen wir uns herzlichst bedanken für die große Freude, welche ihr uns bereitet habt durch die Ankunft Eurer lieben Bilder. Auch sage Deinem Sohn Hugo die besten Grüße und herzlichen Dank. Gleichzeitig danken wir für das Buch von Richters Robert, eine liebe Erinnerung aus der Heimat. Jetzt liebe Schwester fehlt mir aber noch das Bild von Schwester Hermina, warum Denkt denn die gar nicht mehr an mich. Nicht wahr, Du weist es noch wie das tut, wenn man soweit in der Ferne ist. Sage ihr und Familie die herzlichsten Grüße von uns Allen, sie soll und doch auch einmal schreiben. In Deinem lieben Brief hat mir meine Nichte Emmie einige Zeilen geschrieben, wofür ich herzlich danke und bitte sie soll ihr Versprächen halten, und uns mit Bildern erfreuen. Die herzlichsten Grüße an sie und ihren werten Mann.
Nun was machen sie [(die Leute)] denn in meinem lieben Wiesenthal, ich wollte zum Jahrmarkt kommen [(Ironie)].
[Seite 4:]
Welcher im Mai war, es war mir halt zu weit.
Was macht die Familie noch von meinem verstorbenen Bruder, hoffentlich geht es gut. Ich warte schon sehr lange auf eine Antwort auf meinem Brief, welchen ich im Februar abgeschickt habe. Sage ihnen viel herzliche Grüße an alle und nochmals besten Dank für die schönen Erinnerungen von meinem Wiesenthal. Grüße auch meine früheren Freundin von mir und Richter Elli und die Zimmermann Anna und noch mehr.
Das Neuste, was ich Euch noch mitteilen muß, daß unser Sohn Rudolf zum Militär muß, auf ein Jahr. Er ist 22 Jahre. Ich werde Euch nächstens ein Bild von ihm schicken. Sie sind jetzt noch nicht fertig. Anbei sende ich Euch auch ein verpfuschtes Bild von uns. Hierzuland ist es nämlich viel Geld und schlechte Ware, fast muß ich mich schämen, denn ich sehe aus wie eine alte Brasilianerin.
Nun schließe ich mein Schreiben mit den herzlichsten Grüßen an Euch alle und hoffe das Euch Selbes [(das Schreibe/ der Brief)] bester Gesundheit antreffen möge, gleichzeitig fröhliche Weihnachten und glücklich Neujahr sendet Deine aufrichtige Schwester Marie und Familie.
Und bitte bitte [sic] bald einen rechtlangen Brief schreiben.
Und liegen zwischen uns auch viele tausend Meilen, fließt zwischen uns der große Ozean, doch Liebe weiß die Strecke zu durcheilen, kommt in der Heimat bei Euch Lieben an. Lebet wohl.
In Unserer Nähe hat sich ein Deutscher  Arzt niedergelassen, er ist Rumburger [(aus Rumburg)], Na.
Heißler, drei Jahre von drüben]

-x-



segunda-feira, 26 de maio de 2014

Briefe aus Brasilien - 1


(Para carta 2, clique aqui)

As cartas falam por si, e o conteudo pode ser enfocado de diversas maneiras quanto a contextos.
Numa primeira abordagem e consoante as finalidades deste blog, coloco adiante algumas observações e 
comentários em notas enumeradas. Enfatizando nomes, que aparecem em surpreendente quantidade.                   

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           (Linha Araripe)
                                                                                                                                             27.maio 1925

                                               Querida irmã e família (Nota 1)

Muitos e muitos anos devem ter já transcorrido que não tenho mais ouvido de ti minha amada irmã, apesar de
já várias vezes ter escrito a ti e eu agora lhes comunicar a triste notícia, de que meu filho primogênito Otto 
(Nota 2) faleceu em 8 de março duma septicemia. Ele aparentemente ao pisar fincou alguma coisa no pé e não
deu atenção até que a dor se tornou insuportável. Mesmo assim foi de cavalo até o médico e lá lhe foi aberto
o pé com corte e também a perna, e após três semanas de tratamento médico ele faleceu na cidade.

Amada Rosa, isto é muito triste, ele suportou muito porem sempre manteve a esperança, de que poderia  
voltar novamente para casa junto a sua família, mas Deus quis diferente. Ele deixa sua esposa com duas
crianças. Lusinder está com 8, Edgar com 5 anos.( Nota 3) Esperamos que de tudo certo, ele estava com 
28½ anos de idade, era muito aplicado, ele tinha dois pedaços de terra. Um deve agora ser vendido, porque 
ainda havia dívidas sobre o mesmo. E para o outro ela irá agora mudar com as crianças. Ele morava a 
20 minutos de distancia de nós.

Amada Rosa podes talvez recordar-te onde morava o Ulbricht, e ao lado de onde morou Hahnel Eduard 
(Eduardo Hahnel) ali moramos nós como bem podes ainda saber de antigamente. E bem embaixo, abaixo 
do morro, no grande rio, (Nota 14) ali ele morou, portanto bem ao final da colônia do Ulbricht.

Meu Otto está no cemitério no qual descansam a mãe e irmão Franz.(Nota 4) Que a terra lhe seja leve, que
descanse em paz.

Minha querida irmã, quero tambem compartilhar contigo alguma coisa sobre nossas condições, que não são
das melhores, pois aqui é que nem lá, tudo muito caro, praticamente risível, 1kg de café custa na terra do 
café 6 mil reis,  [........] 1 kg carne bovina 1M300. Tambem as colheitas não são mais tão boas quanto antes,
porque está tudo desmatado, e com isto o clima mais rude. Ano passado tivemos uma grande seca, e 
praticamente não choveu um milímetro. [....] mal para o pão e assim são os preços das terras. Antes uma 
colônia em mato cerca de 400M e agora cada quarto 10 a 15 mil. Colonia inteira nem tem mais aqui. 
Já estão todas parceladas, e para longe ninguém quer ir para Colônias novas, por que ali não estão seguros 
de sua vida, pois aqui sempre há revoltas. De todo modo ainda não foi bonito no Brasil, e nunca será, mas
o que fazer quando se tem família tão grande como eu. Já casei três filhas, (Nota 5) o mais velho, Rudi, é 
ferreiro, Karl, Gustav, Robert, Irma e Erwin ainda estão em casa. (Nota 6 ) Nós trabalhamos na lavoura e 
meu marido trabalha na ferraria. Também relojoeiro, mecânico, em suma o que surge.(Nota 7) Mudou muito
com o tempo. Agora se escuta de toda parte badalar de sinos. Na páscoa tambem foi inaugurado o nosso 
sino. A capela está acima da velha bifurcação se ainda te podes recordar.

Amada Rosa, tambem muitas serrarias a vapor estão construídas aqui, mas da barulheira de macacos (?) não
se ouve mais nada, eles se mudaram. Dos demais parentes só posso participar, que gozam da melhor saúde 
e vão muito bem.

Um filho do irmão Karl está casado e cinco (crianças) ainda estão em casa. Mandam cordiais lembranças.
Do irmão Franz, três estão casados e dois ainda solteiros. E o irmão Erhard é no momento auxiliar de ferreiro 
junto ao seu filho Franz, ele em breve progredirá. Tambem envia muitas lembranças. Tambem não nos 
encontramos muitas vezes. (Nota 8)

Ainda podes te recordar querida Rosa, quando chegamos aqui pela primeira vez, no tio Wolf, ele vive ainda. 
Berta e Gusti estão falecidos. (Nota 9) O marido de Gusti, Stracke Anton (Antonio Stracke) já está louco
há 25 anos. O marido da Schier Fanni (Fanni Schier)também está louco e completamente cego (o Kolb Peter)
Estive no ano passado com Richard Preussler, (Nota 10)  por que ele esteve na minha querida terra natal.
Eu queria realmente saber muito de vocês. Que meu querido irmão Ernst  (Nota 11) faleceu soube através 
dele, o que me é muito doloroso. Ele tambem ainda poderia ficar aqui alguns anos, mas um após outro da 
grande família. Que ele falou contigo, vocês iam muito bem, o que muito me alegra. Querida irmã, teus filhos 
decerto estão todos casados? Vocês também teriam uma casa tão linda, poderia também eu visitá-los uma 
vez. Mas um novo encontro, teremos que festejar num outro mundo. Como vai a irmã Hermine, (Nota 12
ela também nunca pensa em mim. Onde estará seu filho Fritz, ele não escreveu mais para nós, e eu não pude
enviar para ele tanto dinheiro para viagem. Um homem sozinho pode ajudar a si mesmo quando quer. 
Lembranças cordiais de nós todos e que eles não se zanguem comigo. Que tambem escreva para mim. 
Para a cunhada Anna e Oskar  (Nota 13) escrevi há seis meses e já me alegro por uma carta.

Cordiais saudações e mais uma vez muito obrigado pelos lindos cartões postais de minha querida Wiesenthal. 
Agora querida Rosa e cunhado Hugo preciso pedir que escrevam em breve uma longa carta com bastante 
novidades. Tambem peço a ti, que enviem para mim novamente uma foto de vocês. A que tenho de ti ainda
é do teu tempo de moça. Eu gostaria revê-la depois de tantos anos mesmo que em foto, assim também 
a irmã Hermine.

Agora fico em mil saudações cordiais de mim e minha família a ti e tua amada família, tua leal irmã
Maria.

Adeus, cordiais saudações aos demais parentes e conhecidos.

Por favor, saúdem família Fischer, Küster na Igreja Evangélica, a Simmen Toni (Antonia).

-  // –

Notas:

(1) - A carta escrita por Maria  Pfeifer (nasc. Zimmermann), casada com Siegmund Pfeifer,
 (de Linha Araripe,Nova Petrópolis, RS no Brasil) para sua irmã Rosa Stejskal
(nasc. Zimmermann, em Wiesenthal Böhmen) morando a partir de 1920 em Gablonz a.d.
Neisse, na Bohemia, hoje Jablonec nad Nisou, na República Tcheca..

(2) - Otto Pfeifer, nascido c. 1896; 

(3) – Lusinde Pfeifer, nasc.~1917, e Edgar Pfeifer nasc. ~1920, filhos de Otto Pfeifer;

(4) – Agnes (nasc. Schuster) Zimmermann  e Franz Zimmermann (filho de Agnes, irmão de
 Maria Zimmermann);

(5) – Elli, Frieda (casada com Albino Ruschel), e..?? ..  Pfeifer;

(6) – Pfeifer -  filhos de Siegmund Pfeifer e Maria (nasc. Zimmermann)  Pfeifer:  Visto antes, 
falecido Otto, mais Rudi, Karl, Gustav, Robert, Irma, Erwin;

(7) -  Siegmund Pfeifer;

(8) - Irmãos de Maria Zimmermann (cas. Sigmund Pfeifer), filhos de Joseph Zimmermann e 
Agnes Schuster: Karl, Franz e Erhard (estes no Brasil);

(9) - Ainda sem informação se tios Schuster ou Zimmermann;

(10) - Outros nomes na comunidade (Araripe) ou de convívio: Ulbricht, Hahnel, Anton Stracke, 
Fanni Schier casada com Peter Kolb, Richard Preussler;

(11) - Ernst Zimmermann, na Bohemia; (como na nota 8)

(12) - Hermine Zimmermann, na Bohemia; (como na nota 8)

(13) – Oskar Zimmermann, na Bohemia; (como na nota 8)

(14) Referência ao rio Cai (arroio Araripe é afluente).

- x
                                                                                                           (Linha Araripe)
                                                                                                            27.mai 1925



Liebe Schwester samt Familie !

Viele viele Jahre mögen wohl schon verflossen sein?  Seit dem ich von dir meine liebe Schwester 
schon nichts mehr gehört habe, trotzdem ich schon etliche Male an dich geschrieben habe und ich 
euch jetzt die traurige Mitteilung machen, daß mein ältester Sohn Otto am 8. März an Blutvergiftung 
gestorben ist. Er hatte sich wahrscheinlich etwas in den Fuß getreten und es nicht geachtet bis der 
Schmerz unerträglich wurde trotzdem ritt er zum Doktor dort wurde ihm der Fuß aufgeschnitten 
auch des Bein und nach dreiwöchentlicher ärztlicher Behandlung ist er am Stadtplatz verstorben.

Liebe Rosa, es ist sehr traurig, er hat sehr viel ausgestanden aber immer noch gehofft, daß er
würde noch einmal zu Hause zu seiner Familie gehen können, aber Gott hat es anders gewollt.
Er hinterläßt seine Frau mit zwei Kindern Lusinder ist 8, Edgar ist 5 Jahre. Und noch eines 
zu hoffen, er war 28 ½ Jahr alt, er war sehr fleißig, er hatte zwei Stück Land. Das Eine muß 
jetzt verkauft, weil noch Schuld drauf war. Und auf das Andere wird sie jetzt mit ihren Kindern 
ziehen. Er hat 20 Minuten von uns entfernt gewohnt.


Du liebe Rosa kannst dich vielleicht noch entsinnen wo der Ulbricht gewohnt hat, und neben wo
der  Hahnel Eduard gewohnt hat, da wohnen wir wie du wohl noch aus früheren riefen wissen 
wirst. Und ganz unten, unter dem Berg, an der großen Rio, da hat er gewohnt, also am letzten 
Ende von Ulbricht seiner Kolonie.

Mein Otto liegt auf dem Friedhof wo Mutter und Bruder Franz ruhen. Die Erde möge ihm leicht 
sein, er möge ruhen in Frieden.

Meine liebe Schwester, will ich dir auch etwas über unsere Verhältnisse mitteilen, daß es jetzt 
nicht die Glänzendsten sind, denn es ist hier so wie drüben, alles sehr teuer, fast lächerlich, 1kg 
Kaffee kostet im Kaffeeland 6Milreis, 2M das Kilo […], 1K. […] 1Kg Rindfleisch 1M300.
Auch sind die Ernten nicht mehr so gut wie früher, weil der Wald alles runter gehauen ist, somit 
das Klima viel rauer. Voriges Jahr hatten wir große Trockenheit, da hat es fast keinen Millimeter
geregnet […] knapp für Brot so sind auch die Landpreise. Früher  eine Kolonie zum Wald circa 
400M und jetzt jedes Viertel 10 bis 15 Tausend M. Ganze Kolonie ist hier überhaupt keine mehr.
Die sind schon alle zerstückelt, und weit fort will niemand in die neuen Kolonien, weil sie da ihres
Lebens nicht sicher sind, denn hier gibt es immer Revolte. Überhaupt war es in Brasilien noch 
nicht schön, wird es auch nicht werden, aber was will man denn machen, wenn man so große 
Familie hat wie ich. Drei Töchter habe ich schon verheiratet, der älteste, Rudi, ist Schmied, Karl,
Gustav, Robert, Irma und Erwin sind noch daheim. Wir arbeiten auf dem Lande und mein Mann 
arbeitet in der Schmiede. Auch Uhrmacher, Mechaniker, kurzum alles was vorkommt. Es hat 
sich sehr geändert seit der Zeit. Jetzt hört man schon überall her Glocken läuten. Zu Ostern 
wurde auch unsere Glocke eingeweiht. Die Kapelle steht oberhalb der alten Zinke. Wenn du 
dich noch besinnen kannst.

Liebe Rosa, auch viele Dampfschneidmühlen sind hier gebaut, aber von dem Affengebrüllt hört 
man nichts mehr, die sind ausgewandert. Von den anderen Verwandten kann ich dir nur mitteilen, 
da´ß sie scih der besten Gesundheit erfreuen und geht ihnen ganz gut.

Von Bruder Karl ist ein Sohn verheiratet und Fünf [Kinder] sind noch zu Hause. Lassen Euch 
alle herzlich grüßen. Von Bruder Franz sind Drei [Kinder] verheiratet und Zwei noch ledig.
Und Bruder Erhard ist zur Zeit Schmiedegehilfe bei seinem Sohne Franz, der wird es bald 
schon sehr weit bringen. Läßt Euch auch vielmals Grüßen. Wir kommen auch nicht viel zusammen.
Kannst du dich liebe Rosa noch entsinnen, als wir dies erste Mal hier ankamen, bei Onkel Wolf,
der lebt noch. Berta und Gusti sind tot. Gusti ihr Mann, Stracke Anton, ist schon 25 Jahre
irrsinnig. Die Schier Fanni ihr Mann ist auch irrsinnig und ganz blind (der Kolb Peter). Ich 
war voriges Jahr bei Richard Preußler, weil der ja in meiner leiben Heimat gewesen war. 
Ich wollte recht viel von Euch erfahren. Dass mein lieber Bruder Ernst gestorben ist habe ich 
durch ihn erfahren, was mehr sehr schmerzlich ist. Der hätte auch noch können einige Jahre
dableiben, aber Eins nach dem Anderen von der großen Familie. Dass er mit Dir gesprochen 
hat, Euch ginge es recht gut, was mich sehr freut. Liebe Schwester, Deine Söhne sind wohl alle 
verheiratet? Auch hättet Ihr so ein schönes Haus, ach könnte ich auch nur einmal zu Euch 
kommen. Aber das Wiedersehen müssen wir in einer anderen Welt feiern. Wie geht es denn 
Schwester Hermine, die denkt auch gar nicht ein Einmal an mich. Wo möchte ihr Sohn Fritz 
sein, der hat nicht mehr an uns geschrieben und ich konnte ihm nicht so viel Reisegeld schicken.
Ein einzelner Mensch kann sich selbst helfen, wenn er will. Grüße nur rechtherzlich von uns 
Allen und sie sollen mir nicht böse sein. Soll mir nur auch einmal schreiben. An Schwägerin 
Anna und Oskar habe ich vor sechs Wochen geschrieben und freue ich schon auf einen Brief.
Herzliche Grüße und nochmals besten Dank für die schönen Ansichtskarten von meinem lieben 
Wiesenthal. Nun liebe Rosa und Schwager Hugo muß ich Euch bitten mir bald recht einen langen 
Briefe zu schreiben und recht viel Neues. Auch bitte ich Dich, schick mir doch auch mal wieder 
ein Bild von Euch. Das ich von dir habe ist noch aus Deiner Mädchenzeit. Ich möchte dich doch 
gern nach so vielen Jahren wiedersehen, wenn auch auf dem Bilde, so auch Schwester Hermine.
Nun verbleibe ich it tausend herzlichen Grüßen von ir und meiner Familie an Dich und Deine liebe
Familie, Deine aufrichtige Schwester Marie.

Lebe wohl, herzliche Grüße an sonstige Verwandte und Bekannte.

Bitte grüßt Familie Fischer, Küster in der evangelischen Kirche, die Simmen Toni [Antonia].

                                                                                                              













Haverá sequencia de cartas em novas postagens.

Briefe aus Brasilien - Cartas do Brasil



Introdução

Quem se interessa por histórias de famílias e árvores genealógicas, permanece às vezes anos sem novidades, em relação a alguns ramos. De repente surgem novas informações e dados interessantes. Isto traz uma alegria comparável à de criança que encontra  figurinha que completa seu álbum. Assim estou eu, radiante e feliz em compartilhar dados gentilmente cedidos por um primo na Europa, Steffen Geissler.

Sinto-me gratificado pelo tempo empregado na coleta de dados e a edição deste blog (maior numero de
postagens em 2010). Serve de excelente exercício mental, e aprimoramento no que sempre fui autodidata
– idiomas. Vejo que é hobby útil, na medida em que preserva e compartilha informações, assim como
desperta interesse. Agora mais ainda, tendo sido este blog veiculo no estabelecimento de contatos que
resultaram em localizar um verdadeiro tesouro.

São várias cartas riquíssimas em detalhes, enviadas de Nova Petrópolis, RS para a então 
Bohemia, no Imperio Austro Húngaro, região hoje integrada à República Tcheca. Cartas escritas em
alemão gótico/Kurrentschrift/Sutterlinschrift  entre 1925/35 e fotos, preservadas por familiares dos
destinatários. (Sobre nossa historia em cartas e Sutterlinschrift veja aqui)

Agradeço a Luise Ruschel pelo interesse, e ter publicado no Facebook sobre busca de informações
por parte ddete descendente da remetente e da destinatária das cartas, na Europa. E ter pesquisado e
indicado meu blog e nome, o que possibilitou os contatos. Iniciou-se assim a troca de mensagens com
Steffen Geissler. E foi muito produtiva uma conversa com troca de informações via Skype, numa tarde
inteira dum domingo. Na oportunidade visualizamos arquivos dele, constante de manuscritos e outros
documentos.

Trata-se de cartas escritas por Maria Zimmermann, casada com Siegmund Pfeifer (minha bisavó), 
para a sua irmã Rosa Zimmermann, casada com G. Steijskal. Ambas, filhas do casal de imigrantes 
Joseph Zimmermann e Agnes Schuster de Wiesenthal, Bohemia. Quando da imigração em 1889, 
permaneceram na Bohemia filhos maiores. Rosa que tinha vindo junto ao Brasil, retornou 
e casou lá. (Sobre imigrantes  da Bohemia ou Sudetos, Sudetenland, veja emmeu outro blog).

As cartas que traduzo em versão livre, foram gentilmente transcritas e transliteradas, dos originais
em alemão gótico, para alemão em caracteres latinos – por Steffen Geissler, meu primo em segundo grau,
conforme constatamos.

Sugerimos, que no âmbito familiar dos descendentes destes muitos nomes que serão mencionados nas várias
cartas - uma especial atenção no sentido de eventualmente serem localizados, se é que foram
preservadas, as cartas que vieram para o Brasil. Inclusive fotos, entre as quais de soldados 
em uniformes do exército austríaco.

Numa abrangência mais ampla as cartas são de interesse, alem de seu valor histórico que ultrapassa
as famílias, especialmente para os descendentes de sobrenomes Pfeifer e Zimmermann. Evidente
que se agregam muitos outros sobrenomes de descendentes, através dos casamentos.

Em particular, também há informações interessantes para os descendentes de Albino Ruschel, casado
com Frieda Pfeifer – filha de Siegmund Pfeifer e Maria Zimmermann (a remetente de cartas).
É meu caso, e assim resulta que temos o privilégio de terem sido preservadas cartas, escritas por duas
bisavós estrangeiras minhas vindas da Bohemia – em alemão gótico, nos anos 1925/35. As de Maria
Augusta (n. Hillebrand) Ruschel, e Maria (n. Zimmermann) Pfeifer. 

As cartas retratam também aspectos relativos às colonizações - a velha de Nova Petrópolis no RS,
 e a nova, de Porto Novo em SC (Itapiranga).

Veja carta de 1925, em Briefeaus Brasilien – 1

Siegmund Pfeifer + Maria Zimmermann